Carlos de Joca: traição e retaliação
O vice-prefeito de Goiana e presidente municipal do PSB, Carlos de Joca, concedeu hoje (13/10) uma entrevista ao programa Comunidade em Movimento, da rádio Nova FM (98.5). O Baixinho, como é carinhosamente chamado no meio político, colocou todas as suas cartas na mesa. Ele falou abertamente sobre a sua estremecida relação com o prefeito Fred Gadelha (PTB), abriu o jogo sobre o acordo que garantiria ao PSB quatro secretarias e que teria sido descumprido por Fred, criticou a falta de fiscalização por parte de uma parcela dos vereadores e chegou a afirmar categoricamente que não iria pagar IPTU.
Sem rodeios, o vice-prefeito fez questão de dizer que foi traído pelo prefeito de Goiana. “Fred não cumpriu o acordo que tinha com o PSB, que era de dar quatro secretarias ao partido. Me sinto traído”, disse.
A traição no meio político é parecida com a de um relacionamento amoroso. Quem trai quase nunca admite, chegando a negar as marcas de batom na cueca ou, nesse caso, supostos acordos assumidos. Já o traído sai falando mal do traidor, muitas vezes expondo a intimidade conjugal ou, nesse caso, as entranhas de um suposto loteamento de secretarias.
Se houve traição ou não, pouco importa agora. Pois, o que se torna cada vez mais significativo é o fato de que o PSB está definitivamente tomando uma postura de oposição ferrenha ao governo municipal. Nessa guerra política, como em qualquer outra guerra, as vítimas costumam ser a verdade e os cidadãos inocentes. Talvez preocupados com isso, alguns ouvintes ligaram e apelaram para o bom senso entre as partes, solicitando que as verbas e projetos destinados a Goiana não sofram sanções, o que prejudicaria diretamente a população.
Notas da entrevista:
“Não irei pagar esse IPTU” – Foi o que disse o vice-prefeito do município, alegando que irá buscar na justiça seus direitos. Ele afirma que o aumento de 70% do IPTU dele é ilegal.
Perseguição – Segundo o Baixinho, cargos comissionados não podem ser vistos conversando com ele. Pois, podem ser perseguidos e até ameaçados de demissão.
“O povo vai cobrar dos vereadores” – disse Carlos de Joca ao relembrar a CPI que foi barrada por uma parcela dos vereadores na Câmara Municipal.
“Procurem o ministério público” – Carlos de Joca incentivou ouvintes a entrarem com denúncias no Ministério Público quando questionado sobre os problemas da cidade.
Gabinete, uma ferida aberta – Demonstrando ressentimento, o Baixinho reiteradas vezes queixou-se do fato de não ter um gabinete para poder trabalhar.
Fonte: Blog do Felipe Andrade
0 comentários:
Postar um comentário