terça-feira, 29 de março de 2016

A Paixão de Cristo de Ponta de Pedras, mais uma vez foi sucesso


Apesar dos contratempos, o espetáculo A Paixão de Cristo de Ponta de Pedras foi um verdadeiro espetáculo, graças a um trabalho conjunto entre atores, figurantes, contra regras, equipe técnica e o comércio local.

A equipe liderada pelo pelo blogueiro Alvaro Mello, sentiu-se desentusiasmada quando recebeu a informação que não poderiam contar com a ajuda fornecida pela prefeitura de Goiana a 14 anos.

Mais logo retomaram o entusiasmo quando começaram a receber ajudas de comerciantes e moradores da praia, que decidiram que o espetáculo deveria ser realizado, independente da ajuda da prefeitura local.
"A causa é nobre, e com ou sem ajuda, faremos a paixão de cristo, pois isso não é um trabalho financeiro, é uma grande responsabilidade levar a mensagem do Messias". disse o blogueiro em entrevista a rádio 106,3 FM.

Centenas de pessoas de toda a região prestigiaram e emocionaram-se com grande show de emoções, transmitido pelos atores que apesar de não serem profissionais, entregaram-se ao papel e transmitiram com muita competência uma das mais lindas mensagens em um espetáculo ao ar livre. A Paixão de Cristo.










Fonte: Tv Guaiamum
    

Oportunidade: Confira as vagas de emprego disponíveis para o Polo Automotivo em Goiana

A empresa de Recursos Humanos GI Group Consultoria está captando currículos de profissionais para o preenchimento de inúmeras vagas para diversas funções no Polo Automotivo, em Goiana, na Mata Norte de Pernambuco. Confira abaixo os cargos disponíveis, atividades que deverão ser desempenhadas e requisitos necessários.

Cargo: Inspetor da Qualidade
Principais responsabilidades: Monitoramento de processo produtivo (auditoria de processo e produto); controle de parafusadeira; emissão de laudos de não conformidades e atendimento ao cliente na análise de falhas e feedbacks quanto as soluções de problemas.
Requisitos: Formação técnica completa; experiência recente na área de qualidade; e conhecimento em 5S, inspeção de peças e produtos, instrumentos de medição.
Cadastrar-se no link: https://goo.gl/Ux4c4x

Cargo: Engenheiro de Segurança do Trabalho
Principais responsabilidades: Gerir a área de Segurança do Trabalho e ambiental, a fim de fazer cumprir todas as normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego (portaria 3214/78), visando a integridade física e a preservação da saúde ocupacional do empregado.
Requisitos: Curso Superior em Engenharia e Pós Graduação em engenharia de segurança do trabalho. Experiência comprovada na função. CREA Ativo. Necessário CNH B (mínimo), conhecimento na área ambiental. Desejável conhecimento em norma ISSO 9001, TS 16949 e OHSAS 180001, Programa RPG, Brigada Anti-incêndio e Normas regulamentadoras.
Cadastrar-se no link: https://goo.gl/5yMN0n

Cargo: Auxiliar de Produção
Atividades do cargo: Operar máquinas e equipamentos; Auxiliar operadores de máquinas, fornecendo-lhes os materiais necessários para a execução de processos; Controlar componentes em linhas de produção; Retirar e embalar produtos; Separar materiais que podem ser reaproveitados ou descartados.
Requisitos Necessários: Ensino Médio Completo.Vivência na função em indústrias. Disponibilidade para trabalhar em turno.
Cadastrar-se no link: https://goo.gl/4veqt9

Cargo: Revisor
Atividades do cargo: O profissional irá atuar com revisão de amassados e falhas nos veículos diversos.
Requisitos necessários: 2° grau completo, experiência na função.
Cadastrar-se no link: https://goo.gl/FJ13eA

Cargo: Motorista
Atividades do cargo: Prestar serviços como motorista, realizando manobras dos veículos novos.
Requisitos necessários: Ensino médio completo, CNH a partir da categoria B, Ter experiência na função de motorista.
Cadastrar-se no link: https://goo.gl/7tGhyz

Cargo: Manobrista
Atividades do cargo: Realizar manobra de veículos com a finalidade de locomoção na área interna da empresa.
Requisitos necessários: Ensino médio completo, CNH categoria mínima B, experiência com condução de veículos.
Cadastrar-se no link: https://goo.gl/THDsYz

Cargo: Bombeiro
Atividades do cargo: Participar das operações de prevenção e controle de combate a incêndio, prestar assistência de A.P.H (Assistência Pré-Hospitalar) e inspecionar equipamentos de combate a incêndio para assegurar o bom funcionamento dos mesmos.
Requisitos necessários: Experiência na função, formação em Bombeiro civil, segundo grau completo, CNH cat. B, curso de primeiros socorros.
Cadastrar-se no link: https://goo.gl/ukjNhe

Cargo: Técnico em mecânica
Atividades do cargo: Manutenção nas máquinas ( inclusive robôs) da sua área para garantir o perfeito funcionamento das mesmas, manutenção preditiva, corretiva e preventiva.
Requisitos necessários: Formação técnica em Mecânica; disponibilidade para trabalhar por revesamento de turno; desejável experiência na função.
Cadastrar-se no link: https://goo.gl/VIHBr4

Mais informações pelo número: (81) 3037-8700.

Fonte: Blog do Anderson Pereira
    

O ex-prefeito, Osvaldinho, filia-se no PMDB e é pré-candidato a prefeito de Goiana

  O empresário e ex-prefeito de Goiana,Osvaldo Rabelo Filho, conhecido por ”Osvaldinho”, anunciou em uma rádio local,  que se filiou na manhã de hoje (28), no Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) e que será um dos pré-candidatos a prefeito de Goiana.
     A filiação aconteceu no escritório o “Debate”,  em Recife, do atual deputado também do PMDB, Jarbas Vasconcelos. Estivem presentes no ato da filiação, o vice-governador Raul Henry e a vereadora de Goiana, Olga Sena. Osvaldinho estava filiado no Partido Social Democrático (PSD) até 21-01-2016, data que pediu desfiliação.
Osvaldinho já foi prefeito de Goiana por três mandatos, de 1976 à 1982, 1989 à 1990 e de 1997 a 2000.
Ele também pleiteou uma reeleição para prefeito de município no ano de 2000, mas foi derrotado e ficou em 3º lugar, perdendo para o também ex-prefeito Edval Soares.
Osvaldo Rabelo Filho também foi Deputado Estadual no ano de 1991 a 1994.
Fonte: Pernambuco Conectado
    

quarta-feira, 23 de março de 2016

Goiana: Teatro Heroínas de Tejucupapo 2016 é Cancelado por falta de apoio


  O Cancelamento do Maior Teatro ao ar livre da Zona da Mata Norte de Pernambuco foi oficializado na noite da última terça-feira (22) pela diretora e idealizadora do Teatro Batalha das Heroínas (Luzia Maria), por falta de apoio por parte da Prefeitura de Goiana, Governo do Estado e Empresas de grandes e pequenos porte da região,o principal motivo alegado foram a crise no país, após 22 anos de Teatro e História contada, o Teatro passou por bastante dificuldades, chegou a ser cancelado por duas vezes por motivos parecidos, mas a idealizadora Luzia Maria nunca deixou - se enfraquecer, uma história descoberta por ela e incentivada por seu filho Zé Augusto que estava na direção geral ao longo desses anos, Tejucupapo perde em muito se deixar de ser contada a sua história, Tejucupapo sem o Teatro e História não é o mesmo Tejucupapo.

      Conheça a História e Trajetória do Teatro

        Em 1646, o ano do acontecimento, o distrito possuía apenas uma rua larga, quase uma praça, ladeada por casas simples, destacando-se ao final dela a Igreja de São Lourenço de Tejucupapo, de arquitetura jesuítica, como acontecia com as igrejas erguidas no início da colonização. Mesmo não se conhecendo com exatidão a data real de sua construção, os indícios existentes remontam a meados do século XVII, sabendo-se, com segurança, que em 1630 ela já existia.
Naquele ano os holandeses já haviam praticamente perdido o domínio que durante algum tempo mantiveram sobre quase todo o território pernambucano, e como se encontravam cercados e necessitando desesperadamente de alimentos, cerca de 600 deles, saídos por mar do forte Orange, na ilha de Itamaracá, sob o comandado do almirante Lichthant, tentaram ocupar Tejucupapo, onde esperavam encontrar a farinha de mandioca e o caju que as circunstâncias do momento haviam transformado em produtos pelo qual valia a pena arriscar-se em combate. Segundo os historiadores, eles escolheram justamente o domingo para realizar a investida porque era nesse dia que os homens do vilarejo costumavam ir ao Recife, a cavalo, para vender nas feiras da capital os produtos da pesca. Sendo assim, a localidade estaria menos protegida, acreditavam os holandeses.
Mas foram frustrados em sua intenção porque, segundo alguns relatos, a informação de que se aproximavam iniciou a reação da pequena e valente população local, que tendo à frente quatro mulheres - Maria Camarão, Maria Quitéria, Maria Clara e Joaquina - lutou bravamente contra os invasores, enquanto os poucos homens que haviam permanecido na localidade ocupavam-se em emboscar os assaltantes, atacando-os à bala e não lhes dando sossego. Os registros informam que elas ferveram água em tachos e panelas de barro, acrescentaram pimenta, e escondidas nas trincheiras que haviam cavado, atacavam os holandeses com a mistura jamais esperada por eles. Seus olhos eram os principais alvos, e a surpresa o melhor ataque. Como saldo da escaramuça, mais de 300 cadáveres ficaram espalhados pelo vilarejo, sobretudo flamengos. A batalha durou horas, mas naquele 23 de abril de 1646 as mulheres guerreiras do Tejucopapo saíram vitoriosas..
A pesquisa arqueológica permitiu a recuperação do perímetro do fosso e a identificação da localização da paliçada que o cercava. No local do confronto há um obelisco (na ilustração, vestígio de um baluarte e de trecho do fosso que circundava a fortificação) implantado pelo Instituto Arqueológico, no qual foram assentadas 3 placas com os seguintes dizeres:
1º - Aqui, em 1646; as mulheres de Tejucupapo conquistaram o tratamento de heroínas por terem com as armas, ao lado dos maridos, filhos e irmãos, repelido 600 holandeses que recuaram derrotados. Memória do Instituto Arqueológico em 1931.
2º - A Polícia Militar homenageia os trezentos e cinqüenta anos do feito memorável das Heroinas do Tejucupapo, patenteando a bravura do povo pernambucano. 23 de abril de 1996.
3º - Os poderes Executivo e Legislativo de Goiana celebram solenemente os 350 anos da batalha do Monte das Trincheiras, conhecida pela epopéia das Heroinas de Tejucupapo, realizada no dia 24 de abril de 1646. Goiana, abril de 1996. José Roberto Tavares Gadelha - Prefeito João José Monteiro de Souza - Vice-Prefeito Vereador Pau-lo Geraldo dos Santos Veigas - Presidente".
Sobre o fato histórico foi feito o filme "Epopéia da Heroínas de Tejucopapo" e é realizado anualmente o teatro das "Heroínas de Tejucopapo. Em 2011, Helena Gomes e Kathia Brienza lançaram o livro Olhos de fogo, misturando um enredo ficcional de assassinatos ao ataque dos holandeses.
Fontes: Governo do Estado de Pernambuco e Prefeitura de Goiana

    História e Trajetória de Luzia Maria da Silva


   Toda mulher de Tejucupapo é uma mulher guerreira. A frase, dita em 1984 por uma enfermeira, aguçou a curiosidade de Luzia Maria da Silva, quando estava internada no Hospital Santo Amaro do Recife para a retirada de um nódulo num dos seios. Enquanto se encorajava para enfrentar a cirurgia, procurou entender melhor o que ouvia. Lembrou histórias de sua avó Josefa Maria da Conceição, negra, casada com louro de olhos verdes, sobre a invasão holandesa à vila onde ela nasceu e nunca deixou. Dona Luzia conta 60 anos, sete filhos vivos, dezoito netos e três bisnetos e lidera o Clube de Mães do vilarejo, que encena todo mês de abril a “Batalha de Tejucupapo”, um teatro ao ar livre, a exemplo da Paixão de Cristo, em Nova Jerusalém.

    Dona Luzia é auxiliar de enfermagem no Posto de Saúde de Tejucupapo. A vila é parte do município de Goiana, com pouco mais de 71 mil habitantes, na Zona da Mata pernambucana, a 63 quilômetros de Recife e a dez da divisa com a Paraíba. A maioria da população está ligada à cultura da cana e à pouca pesca ainda possível na região. E todos se orgulham de seus antepassados. Goiana foi pioneira na libertação dos escravos. Um decreto da Câmara Municipal, do dia 25 de março de 1888, deixou livres os escravos do Engenho Uruáe. O episódio mais importante, porém, foi a resistência à invasão das tropas holandesas, em 1646.

    Em 1993, quando teve de ser internada novamente, desta vez para o implante de um marca-passo, dona Luzia já havia estudado bastante sobre o episódio, mas ainda iria mais fundo na lembrança dos fatos com o objetivo de “mostrar para todos a bravura de nossas mulheres”. O trabalho da pesquisadora foi árduo. Os registros do acontecimento eram escassos – embora inserido no período da ocupação holandesa no Nordeste do Brasil, entre 1630 e 1654. Muitas foram as batalhas entre os invasores e tropas portuguesas, auxiliadas por índios, negros, mestiços e luso-brasileiros. Os conflitos se intensificaram após a saída de Mauricio De Nassau, que governou a região de 1637 a 1644. Os holandeses ocuparam a ilha de Itamaracá e faixas litorâneas da Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco, onde estabeleceram a chamada Nova Holanda.

    A partir da Insurreição Pernambucana (1644-1654), as forças luso-brasileiras retomaram vários territórios ao redor da faixa ocupada. Os holandeses foram encurralados no Recife e em Itamaracá. Já não tinham acesso a alimentos e a falta de vitamina C provocava crises de escorbuto. Os holandeses resolveram atacar a vila. Tejucupapo estava desguarnecida. Era um imenso celeiro de mandioca, hortaliças, verduras e principalmente caju, que serviria para amenizar a moléstia que atacava os soldados. Historiadores estimam ter ocorrido pelo menos três investidas. Na primeira, 80 soldados chegaram pelo rio Megaó em barcos a remo e foram expulsos pelo cabo da milícia Zenóbio Chiole e 30 de seus homens. A fome obrigou os invasores a atacar novamente pouco tempo depois, agora com maior número de soldados, e saíram abastecidos. Com o sucesso, planejaram novo saque. Simularam ataques ao sul e rumaram para o norte. Apenas 100 homens se encontravam no lugarejo. O major Agostinho Nunes, ao tomar conhecimento do ataque iminente, mandou chamar o guerrilheiro Mateus Fernandes e seus homens, que se encontravam escondidos na floresta, para defender o território.

     As mulheres que retornavam da pesca de siris e ostras do rio Megaó e outras que se dedicavam ao bordado e à renda para auxiliar nas despesas da casa também foram chamadas para a luta. Maria Camarão, com um crucifixo em uma das mãos e uma espada na outra, incentivava todas a se armar de pedaços de pau, pedras, chuços e facões. A principal arma, no entanto, foram os tachos com água fervente misturada a pimenta. Os 600 soldados, portando armas de fogo e machados para abrir fendas nos tapumes, recuaram por não resistir ao “refresco”, quando surgiram Mateus Fernandes e seu grupo. Assustados, os invasores bateram em retirada, julgando ter chegado reforço.

Peça e filme 

     O feito das bravas de Tejucupapo é reconhecido pelo Exército Brasileiro como a primeira batalha no Brasil com a participação coletiva de mulheres. Para lembrar a façanha, os moradores locais participam, todo último domingo do mês de abril, da encenação teatral da Batalha de Tejucupapo.

     O esforço de Luzia Maria da Silva tem muito a ver com o resgate dessa memória. Ela vasculhou publicações e histórias sobre o feito de suas antepassadas. Com uma amiga diretora da escola de Tejucupapo, conseguiu emprestado um malcuidado exemplar de O Novo Nordeste, espécie de cartilha com pouco mais de dez páginas, já fora do currículo escolar. Dona Luzia descobriu que uma das maiores batalhas travadas entre flamengos e luso-brasileiros foi exatamente aquela em que as heroínas de seu vilarejo, no dia 24 de abril de 1646, rechaçaram os holandeses. O livro cita a liderança de Maria Camarão, Maria Clara, Maria Joaquina e Maria Quitéria, que se tornaram também personagens da peça da qual participam exclusivamente os moradores de Tejucupapo. O espetáculo acontece em uma clareira da Fazenda Megaó, o Monte das Trincheiras, onde, segundo o Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico de Pernambuco, teria ocorrido a batalha.

     A encenação é vista por milhares de turistas e moradores da região. Cerca de 200 pessoas vão para a arena. Ensaiam diariamente depois do trabalho: as “pescadeiras”, na cata de siri, caranguejo e ostras; os homens, no corte de cana ou em serviços braçais, na mineradora de cal, às margens do rio onde desembarcaram as tropas holandesas. Os atores são exclusivamente habitantes locais. Exceção foi feita durante as filmagens do curta-metragem Tejucupapo – um filme sobre mulheres guerreiras, quando participaram os músicos Naná Vasconcelos e Décio Rocha. “Não permitimos nenhum ator profissional para não descaracterizar nossa história”, assegura Dona Luzia.

     A história e a abnegação dos moradores despertaram na equipe da produtora Página 21 Comunicação, de Recife, a idéia de rodar o curta contando a odisséia de um povo na defesa de seu território e de seus meios de subsistência. O trabalho do cineasta Marcílio Brandão, do jornalista Rafael Coelho, do produtor cultural Amaro Filho, do diretor de teatro Carlos Carvalho, do cenógrafo Uziel Lima e Cláudia Moraes originou também um livro. Os produtores se preocuparam apenas em apresentar, em linguagem cinematográfica, o espetáculo dos habitantes da vila, quase todos com antepassados que estiveram na trincheira, onde hoje se destaca, em um monumento, a homenagem: “Aqui, em 1646, as mulheres de Tejucupapo conquistaram o tratamento de heroínas por terem com as armas, ao lado dos maridos, filhos e irmãos, repelido 600 holandeses que recuaram derrotados. (Memória do Instituto Arqueológico em 1931)”. Na vila, encontram-se ainda a Biblioteca Maria Joaquina e a estátua de Maria Camarão, heroínas da Batalha.

Comunidade artística

      Todos os dias, às sete da manhã, elas estão a caminho do rio Megaó. Vão felizes e cantando, tendo às mãos uma pequena faca, sacos com capacidade para 60 quilos, latas ou panelas para cozinhar e um boné para se proteger do sol. Ramira da Silva, mãe de três filhos, divide a liderança do grupo de mulheres que vivem do mangue com Maria de Fátima Salvador, quatro filhos. Até as quatro da tarde estão na lama. Mãos feridas pelas cascas dos frutos do mar, elas retornam felizes. As toadas não param nem durante o trabalho e prosseguem trilha afora. A rotina de trabalho termina em um pequeno casebre onde o pescado é “tratado” para o mercado. Seus fregueses são restaurantes do Recife. Em média as mulheres recebem R$ 2,50 por dia. No começo da noite, nem se lembram das novelas. Vão para a avenida Goiana, na casa da auxiliar de enfermagem Luzia Maria da Silva, onde a conversa gira em torno do próximo espetáculo. Idéias vão surgindo para melhorar a apresentação.

     De família muito pobre, Dona Luzia começou a trabalhar aos 4 anos e crescia sob maus tratos. Aos 15, fugiu à procura de parentes e encontrou a avó e um tio. Aos 18 anos teve um casamento “que não gosto nem de lembrar”. Viúva e com sete filhos e uma menina, foi trabalhar como auxiliar de enfermagem. Aos 38 anos tomou conhecimento da batalha. Muitas pesquisas depois, o sonho de recriar o feito das heroínas de sua vila se concretizou. A primeira encenação aconteceu em 1993, em um terreno da Fazenda Megaó. Em 1995, a encenação foi proibida pelo então prefeito. Hoje, com a retomada do espaço, as encenações são feitas no último domingo de abril. Por sugestão da produção do curta-metragem, figurinos foram recriados com base em gravuras de Franz Prost, que retratava paisagens da época a serviço de Mauricio De Nassau. Em trajes de soldados, índios e aldeões, os personagens vivem seu momento de glória. O teatro promove o autoconhecimento da comunidade. O cidadão-artista dramatiza sua própria história.
    

sexta-feira, 18 de março de 2016

Goiana: Micheli Barreto deixa Secretaria de Turismo


 Foto: Goiana Notícias Imagens


Em meio à lagrimas e abraços demorados, Micheli Barreto, até então Secretária de Turismo e Cultura de Goiana se despediu de sua equipe nesta sexta-feira (18), no Cineteatro Polytheama, sede da secretaria.

Micheli Barreto assumiu a pasta há pouco mais de um ano, sucedendo dois anteriores Secretários. Durante este período, Barreto foi apontada, inclusive por vozes da oposição, como a secretária mais operante e eficiente da gestão municipal.

Entre seus feitos estão a implantação do Sistema de Cultura, empacado há décadas, fomentação da cultura popular e o São João 2015, referência como um dos melhores já realizados em Goiana. No entanto, sua maior proeza foi conseguir unir o tecido cultural de Goiana sobre um novo prisma, priorizando não apenas as festas de ruas, mas o incentivo, valorização e fomento ao fazer artístico cultural.

Em reunião de despedida com sua equipe hoje, Micheli justificou sua saída como algo de caráter pessoal. Segundo funcionários da Secretária de Turismo, o descontentamento com o modelo de gestão atual foi o principal motivo de seu desligamento.

A Prefeitura Municipal ainda não se pronunciou oficialmente sobre a saída de Micheli Barreto da pasta de turismo, já o tecido cultural promete organizar uma manifestação em discordância com o fato.

Foto: Goiana Notícias Imagens
    

Tragédia: Goianense morre em acidente de trânsito em Tamandaré


O soldado da Polícia Militar (PM) de Alagoas, Clóvis Procópio dos Santos, de 35 anos, morreu, na manhã desta sexta-feira (18), num acidente de trânsito na rodovia PE-060, no município de Tamandaré, na Mata Meridional Pernambucana. O também soldado Thiago César da Silva Nogueira, 27, que vinha no banco do carona, ficou ferido.

Eles se deslocavam de João Pessoa (PB) a Maragogi, onde assumiriam o serviço no 6º Batalhão de Polícia Militar (6º BPM). O veículo Toyota Etios, de cor branca, placas QFU-2550/PB, era conduzido pelo soldado Procópio.

De acordo com informações repassadas pelos colegas de farda do 6º BPM, ele sobrou numa curva da PE-060 em decorrência da chuva e do excesso de lama sobre a pista. O carro atingiu frontalmente uma caminhonete Ford Ranger, de cor azul marinho, placa PEU-5966/PE, de Rio Formoso.

Após o choque com a caminhonete, o automóvel conduzido pelo soldado Procópio ainda bateu numa ribanceira, onde parou. Ele morreu no local do acidente.

O soldado Nogueira foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e conduzido a um hospital do Recife (PE). O condutor da Ranger, não identificado, também ficou ferido e foi socorrido pelo Samu.

Clóvis era natural de Goiana, na Mata Norte de Pernambuco. Procópio era casado e pai de uma recém-nascida. Ingressou na PM alagoana em 2013 e integrava o 6º BPM desde dezembro de 2015.

Fonte: Gazetawebmaragogi

    

Zilde Barbosa ironiza pré-candidatura de Osvaldinho: "how are you?"


http://www.blogdofelipeandrade.com.br/2016/03/zilde-barbosa-ironiza-osvaldinho-how.html


Nesta sexta-feira (18), o vereador Zilde Barbosa (PR) ironizou a pré-candidatura do ex-prefeito de Goiana, Osvaldo Rabelo Filho, conhecido como Osvaldinho, durante entrevista concedida no programa Pinga-Fogo, da Rádio Nova FM (98.5), apresentado por este blogueiro e pelo repórter Alesson Albuquerque.

O parlamentar, que é um dos principais articuladores da pré-candidatura de Edval Soares (PR), fez pouco caso da possibilidade de Osvaldinho disputar as eleições municipais desse ano. "Se ele for candidato é uma opção muito boa para o eleitor de Goiana. Inclusive no programa de governo dele vem dizendo, aqui em Goiana agora vai todo mundo aprender a falar inglês. E lá na Prefeitura vai ser, how are you? Ok my friend! E assim vai sucessivamente. O homem está nos Estados Unidos! E, então, o pessoal tem que falar em inglês para ele poder mandar brasa!", ironizou.

Conhecido por seu discurso irreverente e ácido, Zilde Barbosa, não perdeu o bom humor ao comentar o fato de que quando foi coordenador da campanha de Henrique Fenelon chegou a usar um adesivo com os dizeres: "não voto em quem defende estuprador". Uma clara referência ao ex-prefeito Edval Soares, que sofreu enorme desgaste político na ocasião por ter aceitado, na condição de advogado, defender um homem acusado de estupro.

"Usei, usei várias! Eu estava em outra linha. E na linha o que a gente faz? Olha, se eu sou teu adversário qualquer arma que a gente tiver para ganhar a eleição usa, usa, usa. Apesar de que foi feito todo aquele movimento e o pessoal acatou. Poderia, também, o tiro sair pela culatra", ponderou.

Durante a entrevista, Zilde ainda apontou que o pré-candidato a prefeito Menezes é quem mais perde com a possível pré-candidatura de Osvaldinho. Apesar de reconhecer que Edval perde de imediato vários apoios para sua pré-candidatura, na avaliação de Zilde os eleitores de Osvaldinho seriam os mesmos que proporcionaram uma grande votação para Menezes na eleição de 2012.

Fonte:Blog do Felipe Andrade